domingo, 19 de outubro de 2008

Capítulo V - Gaius vitoriam obtinit...

18h. Lucas terminava de se arrumar, quando a esposa chega no quarto. Ela o abraça por trás e beija sua nuca. Esquivando-se, Lucas pega o casaco. "Amor, não faz assim. Eu amo tanto você!" Mostrando indiferença, o marido põe o cachecol e diz: "Dá licença que eu tenho um espetáculo pra assistir." A gata fica enfurecida.

"Lucas, se na nossa segunda lua-de-mel, você sair por essa porta, o nosso casamento está..." A porta bate como resposta à fala da mulher.

Entrando no National Theatre, Lucas olha o seu bilhete de entrada e procura o seu assento. O espetáculo era uma adaptação de "Noite de Reis" ("Twelfth night"), de William Shakespeare. Henrique dá um show de apresentação, ele fazia o papel de Orsino, o Duque da Ilíria. Luís, seu namorado, dá vida a Hugh Fennyman, um businessman do século XVI, que não existe no original shakespeareano. Henrique surpreende a platéia com seu inglês impecável! Luís força um inglês com um leve sotaque francês que o seu personagem pedia...

Na saída do teatro, Lucas encontra Thaynam, que também havia assistido à peça. "Ué, não pensei que você se interessaria por teatro... Muito menos por uma peça em que o ator principal é gay, meu amor!" "Lucas, eu pensei muito e vi que estava errada. A presença do Henrique no palco foi magnífica. Me acompanha pra falar com ele?!"

Ainda desconfiado, o biólogo aceita acompanhar a esposa. "Henrique, essas rosas são para você pela belíssima apresentação e também como um pedido de desculpas pela minha infantilidade de hoje cedo..." "Esqueça isso, Thaynam! Obrigado pelos parabéns... Ai, eu estou morrendo de fome! Preciso ir porque vou sair pra jantar com o pessoal da peça." "Parabéns, amigo!" - diz Lucas, se despedindo.

Lucas e Thaynam passam a noite nos Pubs do Temple Bar. Ele diz à esposa que precisa viajar e que ficará uma semana fora. Lucas precisava pensar, ainda que já estivesse bem novamente com a esposa. O casal bebe Guinness e anda animadérrimo pelas ruas apertadas do Temple Bar.
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Alvorada, Brasil. Lucas e Thaynam chegam em casa e o clima da cidadezinha está excessivamente quente. No dia seguinte, o professor arruma novamente as malas e se despede da esposa. "Eu te ligo tá, meu amor?" "Tá, bebê!".

Uma hora depois, Lucas tira a chave do bolso e entra na casa de Anyne. A gata já lhe esperava prum jantar à luz de velas. O que Lucas não esperava era o fato de, no exato momento em que entrara na casa da fisioterapeuta, o prefeito Caio Reis, a quem ele não suportava, estava parado na praça da cidade, examinando-o de longe. O que essa revelação causaria na conturbada relação entre o professor e o político?

5 comentários:

Anônimo disse...

Hummmmmmmm o conto começou com um mistério... Conta só pra mim o que o
prefeito tem contra o professor, por favor! Vou ter que espera né? Ameiiii o
Lucas ter deixado a chata falando sozinha. Como sempre seus contos prometem muitas emoções. Bjus

Lô A. disse...

Esse mistério do prefeito com o professor...
Isso vai dar um rebú..estou curiosa para saber o que vai acontecer!
Nas próximas postagens estarei aqui!!^^

Beijos,

Lorena

Anônimo disse...

Bb, sempre numa mistura um pouko vida real e fantasia né. Do k seria d nós sem fantasia na vida real? Será k seriamos o k somos? Iiii, não faz pergunta difícil não heim, rsrrsrsr... Tem algumas partes aki no bolg k me faz lembrar mtas coisas... A LA ARRIBA, A LA BAJO, A LA CENTRO, A LA DENTRO,rsrsrsrrs... Momentos inesquecíveis k ficaram na memória pra sempre... Té mais bj Xodó.

Unknown disse...

oi meu lindo! Estava com saudades
do teu blog, peço desculpa pela
ausência. Estou amando esse novo
conto, pois fala de um assunto
muito importante pra todos nós
o preconceito. Também muito mistério
entrigas ameiiiiiiiiiiiiiii Bjus

Unknown disse...

É né!! esse assunto é mesmo complicado, e sempre é deixado para traz. O preconceito e uma suposta disconfiança de traíção.
Muito bom!

Um abraço Douglas
Leandro Lemos