sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Capítulo VIII - Nequitia amoris

"Eu não sei o que amanhã me trará!" (F. Pessoa)

Pausa para reflexão sobre o blog ERAT QUONDAM...

Como o leitor deve imaginar, a nossa história é um tanto dinâmica por si própria. Não poderia aqui pormenorizar todos os fatos que ocorrem com nossos personagens, mesmo porque minha função é relatar os principais acontecimentos nessa história... Letícia, Mauro, Isadora, Grazi, Victor e os outros são personificações da vida real! Não entenda, caro leitor, que essas são pessoas do mundo real, mas, volto a afirmar, são mitificações de algumas observações do dia-a-dia factual...

Meus personagens têm vida, ainda que dentro de minha cabeça! Enquanto vocês dormem, comem, tomam banho ou estudam, eles me perturbam as idéias, e me imploram para pularem para o teclado do meu computador e ganharem vida em suas imaginações...

Agradeço a todos que têm lido quase que diariamente o blog e que até brigam quando não ponho nada novo... Essa energia positiva (ou essa vibe, como diriam alguns amigos) é boa demais e estou maravilhado em escrever essa história! Esse romance não existiria se não houvesse cabeças nas quais ele tomasse forma...

Pra não perder o costume latino: OBLIGATUS, AMICI!

Sem mais delongas...

Uma semana havia se passado desde aquela noite acalientada na casa da melhor amiga de Mauro. Para alegria de uns e desespero de outros, Mauro e Isadora estavam juntos e mais apaixonados que nunca! O professor nunca estivera tão feliz e julgava ter encontrado a mulher da sua vida. Quanto à universitária, o pensamento era o mesmo... A jovem estava certa de que seu sentimento pelo professor era amor!!!

Nossa história continua dessa vez num local um tanto atípico: a Cachoeira do Tobogã, no Imbé! O casal resolvera namorar tendo contato próximo com essa exuberante natureza.

"Amor, isso aqui é lindo demais!" "É sim..." "Nunca pensei em estar num lugar tão bonito e com um namorado tão perfeito!!!" (beijo) "Isa, é incrível como que a gente tá junto há tão pouco tempo, mas o quanto eu gosto de você... Eu não me canso de falar isso!" "E eu não canso de ouvir..." "Amor, não é exagero, mas... eu amo você!" "Nossa, você nunca havia dito que me amava..." "Pois é... Nem eu tinha me dado conta disso, mas quando estou com você, quando olho nos seus olhos... Você não tem noção do quanto eu amo você!" "Eu também te amo, amor da minha vida!"

Mauro e Isadora trocam juras de amor com aquela bela paisagem ao fundo... Fazem planos para o futuro e namoram até o anoitecer...
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Fernando estuda em casa quando o telefone toca. "Professor Fernando Salema?" "O próprio... Quem fala?" "Boa noite, aqui é Letícia Barros. Do acidente de Isadora, lembra?" "Claro que lembro, pois não?" "É que eu soube que você dá aula de Literatura e pretendo fazer concurso na área do Direito mesmo, então estou interessada em algumas aulas de Literatura e Língua Portuguesa..." "Sei... Eu estou um pouco atarefado, mas seria bom se pudéssemos combinar as aulas pessoalmente..." "Onde você mora?" "Bem, depois de terminar com a Isadora, eu me mudei pra um apartamento pequeno, porque não iria mais casar né?" "Entendo..." "É no Residencial Recanto das Palmeiras, apartamento 71, bloco D..." "Tudo bem, em 20 minutos estarei aí..." "Ok... Tchau!"
No tempo e local combinados, Letícia chega com todo entusiasmo. Seu plano começara a dar certo! "Boa tarde. Letícia Barros, prazer!" "Encantadíssimo... Entre, por favor..." Letícia entra, tira os óculos escuros e senta no sofá. "Em que área da Literatura eu posso ajudar?" Letícia ri. "Fernando, eu vou ser breve e sincera. Sou uma mulher decidida e confesso que um pouco mimada. Então, chega bem pertinho de mim e olha nos meus olhos..." "Você acha que eu viria até a sua casa, perder meu preciosíssimo tempo, com aulinhas de Literatura?" "Bem, foi o que me disseste por telefone, e sendo assim, não estou entendendo. Não vejo nenhuma ligação entre nós ou algo que possa me interessar..." "É mesmo? Acho que temos um interesse em comum..." "Eu e você?" "Uhum!" "E qual é? Vá direto ao assunto..." "Ai, santa mente de professor... Vai morrer numa sala de aula! Mentezinha pobre... É o seguinte, caro Shakespeare: eu sou completamente apaixonada por Mauro e você, pelo que já percebi, pela mosca-morta, ai digo, pela menina lá, ai esqueço até o nome..." "Você tá falando da Isadora?" "Essazinha mesmo!" "Olha aqui..." "Olha aqui você, meu querido... Deixe de ser paspalho... Vai entregar sua mulher de bandeja assim..."
Antes da advogada terminar de falar, Fernando levanta e abre a porta: "Não, Letícia! Como é que você se propõe a fazer esse papel de ridícula? Pode me dar licença?" "Pensa bem, Fernando!" "Não tem o que pensar... Ela está feliz... Foram feitos um para o outro!" "Deixa de ser otário, Fernando! Você não tá crendo nesse papinho de Alma Gêmea não né?" "Bem, eu..." "Ai, meu Deus! Tinha que ser professor logo de Literatura? Oh, coisa tonta, ela conheceu o Mauro outro dia... Daqui a pouco, eles cairão em si e voltarão pra nós! O que podemos fazer é acelerar o processo..." Letícia sorri.
Fernando fecha a porta. "Você acha mesmo isso?" "É claro que eu acho! Acorda, Fernando! Pay back time... A vida é um jogo: ganha quem sabe jogar... E jogar bem!" Letícia sorri novamente. "Pode ser... Mas se Isadora descobre que eu tramei alguma coisa..." Letícia se joga no sofá. "Ela só vai descubrir se contarmos, coisa poia! Eu, como estou interessadíssima no assunto, não vou abrir o bico! É só você fazer o mesmo e seguir direitinho o que eu disser!" "Fechado!" "É assim que se fala, garoto!" "Mas, qual é o plano?" "Bem, o plano em si eu ainda não pensei direito. Sei mais ou menos o que vou fazer, mas o mais importante já foi feito: nos unirmos!" "Só tem mais uma coisa: ai de você se fizer alguma coisa com a Isadora!"
Fernando senta ao lado de Letícia. "Calma, gatinho!"- responde Letícia passando a mão pelo peito dele. "Fica tranqüilo! A mosca-morta que foi louca em jogar fora um homem como você, sabia?" "Você é gostosa, mas não vale nada hein, Letícia?!" "Que fique bem claro uma coisa: meu homem é o Mauro. E esse é o meu objetivo maior. Enquanto não o consigo de volta, vou usando outros homens que chamaria de "descartáveis"..." - diz ela deitando no seu colo. "Como eu?" "Talvez... Por que? Você se considera descartável?" "Não... Mas é que eu estou começando a gostar de você, cara! Temos realmente muito em comum! Amo a Isadora, mas até ela voltar pra mim..." Letícia o puxa pela gola da camisa. "Até lá..." "Até lá servem outras..." Fernando beija Letícia com vontade!
Ouve-se, então, um misterioso "click" de máquina fotográfica. Fernando: "Você ouviu isso?" "Sei lá, o que?" "Deixa pra lá..." Fernando e Letícia se beijam novamente. A campainha toca.

6 comentários:

Anônimo disse...

È agora q a vida dos pombinhos vai virar um inferno. Mas pelo q percebir os dois ñ estavam sozinhos... Tinha alguém ouvido o plano dos dois pre acabar com o romance de(Mauro e isadora)Ainda tiraram uma foto. Estou gostando do
rumo q tá levando esse conto.Vc tá de parabéns!!!Amei o poema...

Franci disse...

Coisa de novela mesmo!
mto massa!
So qro ver onde isso vai dar!
hehehhehe
Douglas you are great!!!!!
This is awesome!!!!
Congratulation!

Unknown disse...

Agora fica a expectativa pa o IX capitulo....rsrs, assim meu coração ñ aguenta!

jonas menezes disse...

rsrsss,texto de alta qualidade e imaginação!!! Nossa... pois é na vida cotidiana o amor faz os seres humanos enlouquecerem,rsss, quero logo ler o cap.IX,valeu!!!!

estrelinha disse...

STILL...torço pela LÊ..sabe eu fui dar uma voltinha de uns 5 dias,e estava em cólicas..de curiosidade..daí pensava na LÊ....

Anônimo disse...

eu queor ver é aonde isos ai dá sabe! hiauhiahiuahiuahiuah ;]